USINA DE
ATORES
OFICINA DE COMÉDIA
O Humor é uma marca carioca!
Somos filhos e netos da geração do Besteirol. O consagrado movimento teatral dos Anos 80 criou um humor anárquico, rompeu dogmas da cultura erudita e mergulhou no humor escrachado. Desprovido de preconceitos, incorporou referências culturais de todos os tipos, passeando pelo brega e pelo pop, sem medo de ser feliz ...Os tempos são outros mas a essência continua viva.
Pia Manfroni e Celso Andre elaboraram "Oficina de Comédia", tendo como ponto de partida o gênero Besteirol e reconstruí-lo na atual cena teatral com novos recursos cômicos.
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Embocadura do Gênero;
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O que caracteriza um esquete de comédia?;
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Personalidade Cômica;
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O Comediante e a Plateia;
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O que é Tempo de Comédia?.
Trazer à cena a relevância do gênero teatral Besteirol para a cultura nacional,
fazendo reviver um pouco de sua história e criar um novo olhar do gênero nos dias de hoje.
Ao final da oficina cada participante terá como resultado uma cena de comédia lapidada a partir do material proposto por ele ou pelos professores.
Estudantes de Artes Cênicas e Atores Profissionais que desejam desenvolver o seu trabalho artístico através da comédia.
A oficina se situa em três tempos:
passado, presente e futuro.
Do passado, criaremos um registro relevante e sistemático desde a sua formação até os dias de hoje.
Do presente, pretende-se apresentar a uma nova geração de alunos-artistas a possibilidade de uma vivência com o gênero e, ao beber dessa fonte, afirmar que a essência do Teatro Besteirol é atemporal e continua a gerar novos frutos.
Do futuro, o que se pode é planejar. A partir da oficina criar uma reflexão do gênero, ver o surgimento de novos atores-autores, suas cenas e seu humor dialogando com o Teatro de Comédia Contemporâneo.
Flavio Marinho
dramaturgo, escritor e diretor
“O Besteirol teve seu auge em meados dos anos 1980, numa comemoração implícita e algo anárquica do fim de 20 anos da ditadura militar. Podia-se, afinal, rir sem culpa. Como ocorre em todas as grandes capitais culturais do mundo, não precisávamos mais fazer, apenas, espetáculos sisudos e metáforicos, com uma "mensagem". Depois deste furor em torno da chanchada que tomou um banho de loja - o Besteirol -, o "movimento" foi, digamos arrefecido durante a década de 1990, quando o chamado "teatro de encenador" dominava a cena - e afastava o público. Foi quando em 2001 -ano da Odisséia no Espaço - no raiar do século XXI, surgiu no templo do Besteirol – o Teatro Cândido Mendes - um espetáculo chamado "Cócegas", um dos maiores sucessos da história do Teatro Brasileiro, há dez anos em cartaz. Aconteceu o inevitável: o "fenômeno" reativou o gênero com força total e, desde então, o Besteirol - ainda que diferente daquele dos anos 1980 - nunca mais saiu de cena.
Atenta a este renascimento, Pia Manfroni e Celso Andre realizam um trabalho de (re)avaliação do gênero através de talk-shows e de tributos (através da concessão de Troféus Oscarito). Ela sabe que muitos dos nossos melhores dramaturgos e atores nasceram do antigo Besteirol e que o mesmo pode voltar a ocorrer a partir desta nova leva - e novo alento. Basta não ter medo ou preconceito, como há 31 anos, e manter o coração aberto a todas as maravilhosas possibilidades do teatro. Dentre elas, o Besteirol.
Divirtam-se!"
Cissa Guimarães
atriz e produtora de teatro
"Este movimento, a meu ver, não é um ato saudosista ou um registro histórico de um gênero que agoniza. Não. Ele é um celeiro de um gênero que permanece se reinventando, mutante, darwiniano, mas que tem na sua origem o mais autêntico e indissociável besteirol na sua essência. Raras vezes vi um projeto, desde o início, tão legitimado e apoiado pela classe artística, como se pôde constatar nas iniciativas anteriormente realizadas, onde o projeto teve adesão de A a Z.
Participei, participo e participarei."

